quinta-feira, 12 de maio de 2016

Cpers reduz períodos por tempo indeterminado

Parecer da categoria começa a valer a partir da próxima segunda-feira (16) nas escolas públicas de Passo Fundo
O 7o Núcleo do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul – Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Cpers Sindicato) decidiu iniciar greve por tempo indeterminado com períodos reduzidos nas escolas públicas de Passo Fundo a partir da próxima segunda-feira (16). A decisão foi firmada na manhã de ontem (10), em plenária realizada com a presença de aproximadamente 150 professores e funcionários na Câmara de Vereadores.

De acordo com o diretor do 7o Núcleo do Cpers Sindicato, Orlando Marcelino da Silva Filho, o primeiro estágio da greve será de maneira mais branda. No entanto, num segundo momento, há possibilidade que atos sejam intensificados. ''Vai ser uma greve diferente do que estamos fazendo. É possível que passe um ou dois meses com períodos reduzidos e depois tenhamos que avançar, com atos mais fortes. Infelizmente, o atual Governo se mostra insensível com os trabalhadores. Se a classe não for à luta, não terá nenhuma resposta'', afirma.

O resultado da plenária será encaminhado para a Assembleia Estadual na próxima semana. Para Orlando da Silva, o parecer do núcleo é uma resposta ao descaso com a categoria. ''Vamos fazer greve até o Governo pagar integralmente o salário, reajustar nossos direitos e retirar os projetos que atacam os direitos dos trabalhadores na Assembleia Legislativa. Nós observamos que não há diálogo e nem proposta para atender os direitos da categoria. Portanto, a greve com tempo indeterminado e período reduzido, na verdade, vai se estender por um bom tempo. Até o Governo se sensibilizar com a nossa situação'', completa.

A diminuição do tempo de aula nas escolas não deve ser encarada como algo prejudicial à categoria e aos alunos, segundo Orlando da Silva. O diretor afirma que a causa tratá benefícios ao ensino público no futuro. ''Vamos discutir com a comunidade as consequências da greve. Teremos períodos reduzidos, menos tempo de aula, mas isso será em benefício da escola pública e dos trabalhadores'', finaliza.

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